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Literatura - Ásia

Por Yasmim Machado

A literatura asiática do século XX é formada por diversas culturas, como a japonesa, chinesa, indiana e russa, mas de forma geral todas apresentam traços da influência da literatura ocidental.
Na japonesa, surge o Naturalismo, cuja figura principal é Shimazaki Toson, Mori Ogai e Natsume Soseki que se mantiveram afastados da tradição francesa dominante. Destacam-se também o autor de relatos Akutagawa Ryunosuke, Yasunari Kawabata (prêmio Nobel de 1968), Junichiro Tanizaki, Yukio Mishima, Abe Kobo e Kenzaburo Oè (prêmio Nobel de 1994). Entre os poetas o destaque foi Masaoka Shiki.
A Época Moderna da China começa no século XIII e chega até os dias de hoje. No século XX, os escritores chineses, guiados por Hu Shi, começaram uma revolução literária conhecida como o Renascimento chinês. Utilizavam a linguagem coloquial com fins literários. Com ensaios e histórias sátiras e irônicas, atacavam a sociedade tradicional, e escritores como Lu Xun (pseudônimo de Zhou Shuren) ajudaram ao avanço da revolução socialista. Durante os anos da Revolução Cultural (1966-1978) os artistas e escritores começaram as escrever sobre as necessidades do povo, critica a burguesia ocidental e maior liberdade de expressão.
Nos últimos 150 anos, a literatura indiana foi registrada nas principais quinze línguas do país, incluindo o inglês e o bengali, esta última oferecendo uma das literaturas mais ricas da Índia. O principal escritor do movimento foi Rabindranath Tagore, o primeiro escritor indiano a ganhar um Prêmio Nobel de Literatura (1913). Na poesia destaca-se a autobiografia de Mohandas K. Gandhi, Minhas experiências com a verdade, considerado um clássico. Entre os escritores de língua inglesa cabe citar Mulk Raj Anand, autor de romances de protesto social e R.K Narayan que escreveu romances e relatos sobre a vida rural. Entre os escritores mais novos destacam-se Anita desai e Ved Mehta.
A Idade de Ouro da literatura russa que ocorreu no século XIX e em seus últimos anos teve influência do Realismo onde foi mais valorizado a prosa e o teatro do que a poesia tendo seu ápice com o dramaturgo e contista Anton Pavlovich Tchekhov. Já no final do século, ocorreu uma ruptura das características literárias anteriores e a mudança dos valores estéticos que inspirou o Ressurgimento e o Simbolismo. No começo do novo século, um considerável número de poetas dedicou-se a poesia utilizando fatos históricos. Enquanto isso, os escritores Simbolistas insistiam em alterar as propriedades tradicionais do romance. Durante o período de calma que se fundou a URSS, surgiu uma nova escola de pensamento, segundo a qual a cultura proletária substituiria as formas herdadas do passado e a literatura teria função de conscientizar e transformar a sociedade. Entre elas estão o Futurismo, drástica mudança nas formas nas imagens e na textura da linguagem, os mais conservadores Irmãos Serapion, fies às tradições russas. A narrativa é entorno da doutrina oficial do Realismo Socialista e caracterizou-se pela grande dificuldade de descrever a revolução e a guerra civil. Um dos romances mais populares foi Chapaiev (1932), de Dimitri Furmanov, mas existiam aqueles que trabalhavam independentes de qualquer escola ou movimento.
Com a morte de Stalin, os escritores se questionavam sobre a existência da URSS. O período denominado de “literatura ilegal” (Samizdat) teve algumas obras censuradas por estarem criticando o governo e o Socialismo, entre elas Doutor Jivago (1957) de Boris Pasternak que não aceitou o Prêmio Nobel por fortes pressões oficiais e o irônico O que é o Realismo Socialista? (1960) de Yrey Siniavski que foi condenado a trabalhos forçados. Outro romancista Aleksandr Isaievitch Soljenitsin recebeu um Prêmio Nobel (1970), mas que foi duramente criticado pelo governo e a União dos Escritores Soviéticos. Após o fim da URSS, iniciou-se uma nova era na literatura russa.


Fonte:
http://portalliterario.sites.uol.com.br/

Um comentário:

  1. Yasmim, seu texto ficou claro e objetivo, mas ficou faltando falar de Dostoiévski. reveja a garafia de FIÉIS e EM TORNO. Reescreva: HISTÓRIAS SATÍRICAS E IRÔNICAS; CRITICAR A BURGUESIA// FORAM MAIS VALORIZADOS A PROSA E O TEATRO// DEDICOU-SE À POESIA.

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