A África possui uma diversidade literária que se desenvolveu ao longo do tempo. A literatura oral sempre esteve à frente da literatura escrita em que se podem incluir os contos populares que incluíam animais como tartaruga, lebre, aranha espalhados por todo o continente. No norte da África surge a primeira literatura que apresenta fortes laços com a literatura latina e árabe. As primeiras obras escritas da África ocidental datam do século XVI e são desenvolvimento do trabalho de eruditos islâmicos sudaneses como Abd-al Rahman al-Sadi e Mahmud Kati. A primeira poesia escrita era de caráter religioso e o poeta mais relevante foi AbdulAh ibn Muhammed Fudi.
Na África oriental nota-se a influência dos modelos árabes. Uma historia anônima da cidade-estado Kilwa Kisiwani, escrita por volta de 1520 em árabe, é o primeiro exemplo conhecido desta literatura. A primeira obra conhecida em swahili é o poema épico Utendi wa Tambuka (História de Tambuka), que data de 1728. Em torno do século XIX, a poesia swahili abandonou os temas árabes e adotou formas bantas como as canções rituais.
Os principais poemas escritos em swahili datam dos séculos XIX e XX. O poema religioso mais conhecido, O despertar das almas, foi escrito por Sayyid Abdallah ibn Nasir. A tradição oral a respeito de Liyongo é retratada no poema épico Epopéia de Liyongo Fumo, escrito em 1913 por Muhammad ibn Abubakar.
Na África do Sul surgiram vários poetas e romancistas de destaque. Samuel E. K. Mqhayi é autor de uma diversa obra em língua e romancistas como Thomas Mofolo e Solomon T. Plaatje escreveram textos denunciando a ditadura dos brancos. Autores importantes são A. C. Jordan, o poeta zulu R. R. R. Dhlomo, Alex La Guma, Bloke Modisane, Lewis Nkosi e Dennis Brutus.
Os brancos sul-africanos cultivam uma longa tradição literária, tanto na língua africana como na língua inglesa. Entre os escritores podemos citar poetas como D. J. Opperman, Breyton Breytenbach, J. M. Coetzee, Olive Schreiner, Alan Stewart Paton, Doris Lessing, Nadine Gordimer — prêmio Nobel de Literatura em 1991 — e Athol Fugard.
A poesia tem sido a literatura predominante entre os escritores africanos em língua francesa, como Léopold Sédar Senghor, Briago Diop e David Diopos, mas os romancistas em francês da África ocidental mostram-se os mais brilhantes do continente, como o guineano Camara Laye e os camaroneses Mongo Beti e Ferdinand Oyono. Entre os autores em língua inglesa destacam-se os nigerianos Amos Tuotola, Gabriel Okara, John Pepper Clark, Chinua Achebe, Wole Soyinka — agraciado com o prêmio Nobel de Literatura em 1986 —, William Conton (de Serra Leoa), o ganense Kofi Awoonor e Ayi Kwei Armah.
A literatura contemporânea da África oriental , importantes autores como os quenianos Josiah Kariuki, R. Mugo Gatheru, James Ngugi, Jean Joseph Rabearivelo (de Madagascar) e Shaaban Robert . Uma das obras mais lidas na África oriental continua sendo curiosamente Júlio César, de Shakespeare, traduzida para swahili em 1966, pelo então presidente de Tanzânia Julius Nyerere.
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Camylla, alguns parágrafos (como o primeiro) ficaram cópia e cola da internet. Sugiro a refacção para a revista. Reveja a grafia de HISTÓRIA.
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