Arquitetura & Escultura Asiáticas

 Por Caroline de Almeida

 Na Índia, a arquitetura e escultura sempre se ligaram, muitas vezes, a religiosidade, como nas construções de templos e ornamentação destes. Os indianos se utilizavam de materiais simples como tijolos, madeiras, rochas, pedra e, mais tarde, o mármore para dar vida as suas construções e esculturas. Tinham como base as emoções, o espírito e os sentidos, sendo estes, vindos da visão hindu.

A partir do final do século XIX, a arquitetura indiana se dividiu em características históricas, perpassadas ao longo dos séculos, e características européias introduzidas com a dominação neocolonialista, estilos neoclássicos e o barroco. Sendo tais características refletidas até os dias atuais.

Já na China, com a dinastia Qing, foram adotadas as formas artísticas anteriores, misturando os estilos e técnicas chinesas. Na escultura, houve o aperfeiçoamento maior da técnica do que da beleza. Já na arquitetura, sucedeu-se a utilização dos metais nos entalhes em jade e no laqueado e, a utilização de cristais soprados. Nas casas populares, foram utilizadas inovações como o vidro, as pedras e os tijolos nas estruturas. Os palácios tiveram como características os interiores ampliados, desprovidos de detalhes o que lhes conferia um pouco de monotonia, estreitas simetrias e formas maciças. Porém, a cor era fundamental, onde verifica-se telhados dourados enfeitados com detalhes vermelhos e escadas de mármore branco. Tivera-se, também, o apogeu das arquiteturas de jardins e dos templos budistas.

 

Palácio Yonghegong em Beijing

  

Porém, a partir de 1911, com a decadência da dinastia Qing e a fundação da República da China, houve um forte sentimento nacionalista. Porém muitos artistas chineses deixaram sua terra natal para estudarem na Europa e em outros continentes, mais tarde, retornando e introduzindo novos estilos, como as cores mais vivas.

No Japão, a partir de 1987, tivera-se no Império de Meiji Tenô uma abertura a culturas exteriores, onde, no início, houve aceitação, introduzindo ideias expressionistas e modernistas. Porém, logo em seguida uma recusa, na tentativa de preservar a cultura tradicional.

Com a Segunda Guerra Mundial, os arquitetos japoneses concentraram-se na criação de tecnologias nas construções de prédios, dando inicio a estruturas flexíveis, mais resistentes a terremotos, e nas concepções modernas, onde obtiveram a substituição da madeira pelo aço e das casas pelos prédios. Senda estas características levadas até os dias atuais.

No geral, a arquitetura e escultura asiática mantiveram-se tradicional em cada cultura, sendo poucos aspectos modificados para atender às mudanças socioeconômicas de cada época.