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Teatro - África

Por André Felipe

Na África, o teatro é uma tradição ancestral, baseada nos acontecimentos da vida social, transmitidos oralmente. Por isso, durante muito tempo o teatro Africano foi considerado descendente do ritual e do religioso. Atualmente o teatro está em pleno florescimento, tanto na África, como em outros continentes trata-se de um teatro contemporâneo, que cria raízes com o continente Africano. Trata-se de um teatro comprometido, inclusive militante, feito para defender a identidade de um povo que tem conseguido sua independência. A vida quotidiana dos africanos decorre ao ritmo de variadas cerimonias, rituais ou religiosas, concedidas e vividas geralmente como verdadeiros espetáculos. A performance africana, foi trazida em larga escala pelos povos de origem Banto, transportados como cativos com os primeiros colonizadores. Em Portugal estimava-se que antes da colonização já existia em torno de oitenta mil escravos africanos.
Didático é o teatro que pretende instruir o seu público, convidando-o a refletir sobre um determinado problema. Um exemplo é a sociedade Africana, que sentiu a necessidade do teatro didático, no sentido de contribuir para a valorização do homem africano, pelo fato do teatro ser a forma, mas viva e direta, ele poderá ser útil na formação do homem africano.
Outros dizem que os tipos de teatro africanos guardam verdadeiro parecido, como em outros tempos a tragédia grega, como um pré-teatro que nunca chegaria totalmente a ser teatro se não se de sacraliza. A força e as possibilidades de sobrevivência do teatro negro residirão, portanto, em sua capacidade para conservar sua especificidade. A África independente esta tomando forma um novo teatro.
Existem duas tradições teatrais estabelecidas na África do Sul: a africana, desenvolvida com o passar dos séculos e a europeia, introduzida na cultura da África há dois séculos e meio. Recentemente, uma nova tradição híbrida desenvolveu elementos contidos nas duas antigas.
No teatro dentre os autores de peças de teatro mais renomados são: Guillaume Oyono Mbia, Rev. Kadiebwe Bole Butake, Joseph Kono Ateba, Gervais Mendo Zé. Dikongue Pipa, Daniel Kamwa, Arthur Si Bita, Iya Ousmanou, Dia Moukouri, Basseck Ba Kobhio, Jean-Pierre Bekolo, Sita Bella são nomes de referência do cinema do Cameroun.

Grupo de Teatro do Olodum que vai apresentar na Africa
Pela primeira vez na trajetória do Bando de Teatro Olodum, a África e todo seu repertório cultural são apresentados para o público infantil. “Áfricas", espetáculo infanto-juvenil que traz à cena o continente africano, através da sua história, seu povo, seus mitos e religiosidade.  A peça aborda o universo mítico africano em uma tentativa de suprir a escassez de referenciais africanos no imaginário infantil, povoado de fábulas e personagens eurocêntricos. Assim, desfilam no palco personagens que revelam o modo de ser do povo africano, as formas de se relacionar com a natureza e com o sagrado e os traços que unem o Brasil, em especial a Bahia, ao continente negro. Mas não uma África singular, com as imagens estereotipadas de animais selvagens, doenças e fome. E sim, um continente complexo, formado por mais de 50 países e centenas de dialetos e povos com histórias diferenciadas, formas de resistência e sobrevivência e um rico modo de se relacionar com o sagrado. Enfim, a África no plural.
"Queremos proporcionar um encantamento com a África, sua história e cultura e despertar a curiosidade de todos em conhecer mais sobre este imenso continente tão importante para o Brasil", afirma a diretora Chica Carelli. Fundadora do Bando de Teatro Olodum. Chica não está sozinha. "Áfricas" possui um time de profissionais carimbados, como o coreógrafo Zebrinha, o diretor musical Jarbas Bittencourt, que criou músicas especiais para o espetáculo, os iluminadores Rivaldo Rio e Fábio Espírito Santo e Zuarte Júnior, responsável pelo figurino e adereços, com muitas cores e elementos do cotidiano africano. O elenco participa de todo o processo de criação, desde a dramaturgia. Os atores e atrizes participaram de uma oficina de adereços ministrada por Zuarte Júnior e Júlio Maya e uma oficina de Xequerê, instrumento tradicional africano, ministrada por Daniel Souza. 
"Queremos apresentar estas histórias de forma lúdica e mágica, despertando também o interesse de adultos. Em nenhum momento pensamos em infantilizar a África", revela a diretora que pesquisou dezenas de contos e histórias africanas, incluindo os mitos dos Orixás, além de ouvir pesquisadores sobre a África. Em 2006, dentro do processo de construção de "Áfricas", o Bando de Teatro Olodum realizou um ciclo de exibição de filmes africanos e palestras de especialistas como o historiador Ubiratan Castro de Araújo que narrou para o Grupo o mito de Omolú, associando a história da divindade à saga do povo negro no mundo, rejeitado pela sua pele e por sua aparência e que necessita reverter a sua auto-estima e demonstrar a sua beleza e seu poder.
Em África, as crianças encontram vários motivos para se orgulharem da herança africana, como a descoberta de que seus antepassados não foram apenas escravos e sim, homens e mulheres nobres, guerreiros e detentores de uma vasta sabedoria ancestral.

Um comentário:

  1. André, seu texto ficou muitíssimo parecido com o material pesquisado. Reveja a grafia ede CERIMÔNIAS e áfrica. rEESCREVA: decorre do ritmo// a performance africana foi trazida// senão se dessacraliza.//.

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